7 de junho de 2010

Love of childhood

Capitulo 09

Gui


E então me lembrei de onde eu conhecia aquele nome. Mônica, a meio humana que Bia e Alec tinham como filha. Nossos olhos se encontraram e ela desviou os dela corando. Antes que eu dissesse algo ela disparou pra fora da casa.
- Mônica! – Sarah e Ariel a chamaram, mas ela não respondeu, cogitei a hipótese de ir atrás dela, mas seria estranho, mais estranho foi a dor que senti ao ver os olhos tristes de Mônica.
- Não se preocupem, ela está bem. – Bia falou os tranquilizando, mas olhando pra mim, Edward confirmou com um pequeno aceno. – Mas diz Gui, como você está? – Ela perguntou, cada um tinha uma pergunta a ser feita.
- Qual o seu dom?
- Você gostou de ser vampiro?
- Como é a Rússia? – Como essas foram várias outras perguntas e nós ficamos até anoitecer conversando, em nenhum momento eu deixei de pensar em como Mônica estava.

Mônica



Como sempre, me distanciei da Sarah e do Ariel enquanto nós caçávamos, eu não gostava muito de ficar de vela, cacei rapidamente e comecei a caminhar pela mata, as árvores grandes me rodeavam com vários tipos de animais. Enquanto caminhava ouvi som de luta e me escondi atrás de uma das árvores para ver melhor. Ele era lindo. Pele branca, cabelo liso e castanho escuro e olhos caramelo. Ele atacou um leão da montanha, rapidamente o prendeu e no mesmo instante o havia drenado, ele era ágil e rápido, sua beleza era imensa.
- Quem está aí? – Ele perguntou olhando pra onde eu estava. Meu coração disparou, em parte pelo susto de ser flagrada, em parte por que sua voz mandou arrepios por todo o meu corpo, eu nunca havia sentido isso antes. Saí lentamente detrás da árvore e fui até ele em minha velocidade normal. Meus olhos percorreram cada centímetro do seu corpo e seu rosto, meu coração, já disparado, parecia que iria sair do meu peito.
- Olá. – Tentei deixar minha voz o mais amigável possível, eu não sabia se ele era amigo ou não, porém seus modos e suas roupas eram muito civilizados. – Eu não quis interromper e nem atrapalhar.
- Você não atrapalhou. – Ele deu um sorriso que me fez prender a respiração, ele estava mexendo comigo como ninguém antes, mas eu estava curiosa.
- Você é nômade? – Perguntei e seu sorriso aumentou.
- Não. Estou voltando pra casa... Você mora por perto?
- Há poucos minutos daqui, também estava caçando. – Respondi, então ouvi ao longe Sarah me chamar.
- Tenho que ir, estão procurando por mim. – Virei-me para sair e ele segurou meu braço, seu toque enviou arrepios pelo meu corpo.
- Espera. – Voltei a olhar para ele e ele deu um sorriso torto, ele puxou-me em direção ao seu corpo e começou a se aproximar lentamente de mim, nossos olhos se prenderam, de repente ele se aproximava lento demais, ergui meus pés e acabei com a distância que nos separava. Nossos lábios se tocaram lentamente e eu senti minhas pernas falharem, seu cheiro me inebriou, ele moveu seus lábios e eu o segui, era natural, inconsciente. Sua língua percorreu meu lábio inferior e eu o entre abri, nossas línguas passaram a explorar nossas bocas mutuamente, algum tempo depois me senti buscando por ar. Meu peito subia e descia rapidamente e percebi que ele também ofegava por ar mesmo não precisando.
- Mônica. – A voz da Sarah veio de perto.
- Tenho que ir. – Falei virando e correndo, mesmo querendo muito ficar ali com ele, não sabia quando o veria novamente, mas não sabia se Sarah e Ariel deveriam me ver com ele.
- Finalmente. Onde você se meteu? – Sarah perguntou estressadinha.
- Pronto. Vamos.
- Rose, Emm e o tio Gui já devem ter chegado. – Ariel nos lembrou. Corremos para a casa dos Cullen e quando nos aproximamos percebemos que eles realmente já haviam chegado. Sarah e Ariel entraram primeiro e quando entrei eu queria sumir, parado na minha frente estava o lindo vampiro que eu tinha acabado de beijar na floresta. Ariel e Sarah estavam abraçados com ele, então Sarah falou.
- Está é a Mônica... Filha do tio Alec e da tia Bia. – Nossos olhos se encontraram e eu desviei os meus, não poderia continuar ali com dois leitores de mentes presentes, virei e corri porta a fora. Eu podia ver as árvores passando por mim, eu sentia meu peito doer e logo as lágrimas rolaram em meu rosto. Ele era irmão da Bia, o que faria dele meu tio.
Subi em uma árvore alta e lá de cima fiquei olhando a chuva forte que caía. Meus pensamentos iam e vinham, sempre girando em torno dele. As grossa nuvens da chuva não me deixava saber ao certo a hora, mas eu sabia que há muito havia anoitecido, minha roupa estava toda molhada, sorte a minha eu ter herdado a imunidade vampiresca do meu pai pra doenças.
Eu precisava voltar pra casa e enfrentar as consequências de meus atos.

***

Enquanto eu corria tomei uma decisão, ainda hoje, se possível, iria pra Volterra ficar com o Carlisle.
Ao me aproximar de casa vi que a Bia estava me esperando. Seu semblante não estava como eu esperava, com raiva, angústia ou chateada.
- Você sabia. – A acusei, ela deu um sorriso sem mostrar os dentes.
- Não sei sobre o que você se refere.
- Sobre o que aconteceu entre o Gui e eu. – Fiz uma careta ao pronunciar seu nome.
- Eu não sei o que aconteceu, sei o que vai acontecer.
- Que seria?
- Não vamos precipitar as coisas querida. – Bia veio até mim. – O que aconteceu entre você e o Gui? – Ops... Eu e minha boca.
- Não foi nada.
- Você sabe que pode me contar se quiser. – Com certeza eu não iria contar que eu dei o meu melhor, e único, beijo da minha vida no irmão da minha querida mãe adotiva. Afirmei com a cabeça e apontei pra casa.
- Ele está ai?
- Sim, e está um pouco preocupado. – Uma parte de mim ficou feliz por ele se preocupar comigo.
- Vamos logo.
Meu coração parecia que iria sair do meu peito quando eu adentrei a nossa casa e vi o tio Seth, o Ariel e o Gui sentados na sala, seus olhos vieram pra mim e uma ruga na testa de Gui se desfez.
- Finalmente. - Alec falou soltando o ar como se isso fosse necessário, Ariel veio até mim e me abraçou.
- Onde você se meteu, birrenta? – Fiz uma carranca para ele.
- Por aí, e não me chame da birrenta.
- Ah, qual é? Fala sério, birrenta. - Dei um cascudo nele e fui em direção à escada, antes que eu chegasse ao primeiro degrau tia Angel falou.
- O jantar está pronto, Ariel, Seth e eu estávamos esperando você.
- Não estou com fome, eu cacei mais cedo. – Falei mesmo isso não sendo uma justificativa, eu não queria ficar ali, e eles não tentaram me fazer ficar.


Sarah

Estranhei a atitude da Mônica, porém todos estavam ocupados com a chegada do tio Gui e, agora que ele já foi embora, fico pensando no que aconteceu. Terminei de comer e avisei.
- Vou à casa da tia Angel falar com a Mônica. – Um olhar que eu não entendi cruzou o rosto do meu avô, mas estava com presa. Saí e rapidamente estava lá.
- Sarah? – Tio Alec que me atendeu. – Está tudo bem?
- Tudo ok... Posso falar com a Mônica?
- Claro querida, mas ela já deve estar dormindo. – Na sala estavam tia Bia e o tio Gui, com certeza os meio humanos já tinham se recolhido.
- Boa noite. – Falei já subindo, eles já tinham ouvido o que eu queria mesmo. Abri lentamente a porta do quarto da Mônica sem saber se devia acordá-la, mas ela me olhou, no instante seguinte ela me abraçou fungando.
- Vem. – Ela chamou em um sussurro tão baixo que mesmo com minha super audição eu precisei ler seus lábios, ela pulou a janela e correu mata a dentro, somente quando ficamos longe o bastante dos ouvidos super potentes ela falou.
- Vou embora pra Volterra.

Espero que todos gostem e comentem, super beijo.

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