2 de junho de 2010

Eternamente Jovem

Capitulo 11




Eu saí para a varanda dos fundos da casa, e vi lá embaixo Jasper e Edward sentados numa árvore baixa, pendurando balões. Eles saltaram de lá, aterrissando na grama com um ruído abafado. Edward encontrou meu olhar e saltou para a varanda, me tomando em seus braços. Ele me beijou, e se afastou lambendo seus lábios.

“Hmm… o que você caçou?”, ele perguntou me beijando de novo.

“Um urso e alguns cerdos”.

Gosto bom”. Ele sorriu, me beijando e lambendo seus lábios uma vez mais.

“E então, como está?”, ele perguntou, me virando para que eu visse o quintal.

Eu me inclinei por cima do cercado para ver melhor. Alice estava correndo por todo lado, acertando alguns detalhes inacabados. Havia uma pista de dança que parecia exatamente como a do meu casamento. Luzes brancas estavam por toda parte, mas que eram difíceis de se enxergar sob o sol. Imaginei que elas serviriam para quando escurecesse mais.

Haviam balões rosas, roxos e azuis por toda parte. Laços combinando pendiam de um lado a outro do quintal, dando a aparência de uma grande barraca. Flores formavam um cercado ao redor do enorme quintal. Próximo ao centro do lugar, estava uma longa mesa cheia de comida. De um lado havia salgadinhos, e do outro vasilhas fumegantes de comida. Um bolo em torre separava as duas metades como se sentasse no meio da mesa. As cores do bolo combinavam com os balões e faixas.

“Parece perfeito”, eu suspirei, ainda olhando ao redor. Eu me virei de volta para o quintal enquanto assistia Jasper ligando o sistema de som perto da pista de dança. “Mas, quantas pessoas virão?”, perguntei, olhando de volta para Edward. Rosalie, Esme e Emmett estavam agora parados atrás dele.

“Somos só nós”, Esme deu de ombros.

“E alguns lobos”, ressoou Emmett sarcasticamente.

“E um humano ou dois”, apontou Rosalie, falando de Charlie, Sue, Emily, Rachel e Claire.

“Pronto, comprei!”, disse Carlisle, dando a volta pelo lado norte da casa com os braços cheios de garrafas.

Eu vi Edward e Emmett pularem por cima do cercado da varanda para recolherem o que quer que ele deixasse para trás.

“O que é que ele comprou?”, perguntei, inclinando-me por cima do cercado novamente.

“Álcool!”, cantarolou Rosalie, lambendo seus lábios.

“Nós podemos beber, e ficar bêbados de verdade?”, perguntei confusa.

“Sim, querida, nós absolutamente podemos beber. Apesar de não fazermos isso com muita frequência. O álcool é mais como uma droga nos nossos sistemas, e nós podemos nos viciar facilmente. O veneno que corre por nós se mistura com o álcool, e nos faz sentirmos mais bêbados do que o humano normal. Também é mais difícil para nós nos recuperar da embriaguez, dado que não temos comida de verdade no nosso sistema para ajudar a absorvê-lo. Mas quando ficamos sóbrios, nossa ressaca é muito pior que a de um humano”, explicou Esme olhando para as garrafas que os garotos estavam alinhando numa mesa separada, onde também havia suco e refrigerante.

“Oh, uau”, foi tudo o que eu consegui dizer. Eu estava surpreendentemente excitada para ver qual era a sensação. Eu havia bebido alguns goles de champagne no casamento de minha mãe e Phil. Minha mãe havia permitido que eu bebesse durante os brindes, e eu não havia gostado do sabor.

“Sim”, disse Esme, rindo da minha reação. “Dado que todos os humanos que estarão aqui sabem quem nós somos, Carlisle achou que nós poderíamos nos soltar um pouquinho”, ela deu de ombros, olhando para o marido. Me deixava maravilhada o quanto eles eram apaixonados, mesmo depois de tantos anos.

“Ela é menor de idade! Ela não pode beber”, provocou Emmett, espionando nossa conversa.

“Assim como todos vocês!”, gritei de volta para ele.

“Tecnicamente não somos. Você, por outro lado, ainda tem apenas 19″. Edward lhe deu um tapa atrás da cabeça.

“Sim, e ela é uma mulher casada, e mãe. Eu acho que ela está qualificada a beber”, disse Edward enquanto Emmett esfregava a parte de trás da cabeça. Edward olhou para mim e piscou.

“Então pronto!”, gritei para Emmett. “Além do mais, tenho quase 20. É próximo o suficiente!”

Ele deu de ombros “Bom, vamos todos deixá-la bêbada!”

“Eu não vou beber tanto assim. Eu tenho uma criança para cuidar”, apontei.

“Vamos ver”, disse ele, enquanto já enchia um copo. Ele subiu as escadas, desta vez entregando o copo para mim.

Carlisle, Jasper e Edward seguiram, entregando bebidas aos outros. “Este é a Edward e Bella”, começou Carlisle enquanto todos levantávamos nossos copos. “Neste ano que passou eles passaram por mais coisas do que qualquer um de nós. Um brinde à nossa mais nova Cullen, agora com um ano de idade e ainda me impressionando”. Eu olhei para ele sorrindo. Se eu pudesse ter lágrimas nos meus olhos elas estariam escorrendo por toda parte agora. Conte com Carlisle para isso. Ele continuou e todos os olhos estavam agora em mim. “Ela mostrou a todos nós uma enorme coragem, em tudo o que fez no último ano. Sacrificando sua própria vida por uma fantástica garotinha. Feliz aniversário de casamento, e da sua mortalidade, e um feliz aniversário para o anjinho que você destemidamente trouxe a esse mundo”. Todos os copos tilintaram enquanto brindávamos. Edward passou o braço ao redor da minha cintura e beijou meu pescoço.

“Obrigada, Carlisle”. Eu só conseguia suspirar, e ainda assim minha voz partiu, como se eu estivesse chorando. Eu me afastei de Edward e abracei Carlisle. Quando eu me afastei, ele encostou seu copo no meu, e eu dei meu primeiro gole.

“Caramba!”, eu engasguei enquanto franzia os lábios e meu corpo inteiro estremecia com o gosto do álcool.

“É”, riu Emmett, terminando sua bebida em um gole. “Mais?”, perguntou ele, olhando para o meu copo. Eu joguei a cabeça para trás e bebi o resto do que estava nele. Todos os outros seguiram atrás, e nós estendemos nossos copos de volta para os rapazes e eles foram buscar mais.

“Nenessemse….Enne…”. Emmett balançou a cabeça tentando pronunciar o que ele queria dizer. Eu estava me contorcendo rindo dele. “Renessem…. Nessie está vindo. Droga! Você não podia ter chamado ela de Ann ou qualquer coisa do tipo?”, perguntou ele, jogando a cabeça para trás para beber o último gole de sua bebida.

“Quantas você já bebeu?”, perguntei gargalhando.

Ele olhou para as mãos, como se estivesse contando nos dedos. Então deu de ombros, e saiu tropeçando. Essa era a primeira vez em que eu havia visto um vampiro não parecer gracioso.

“Ele faz isso toda vez que bebe”, disse Edward no meu ouvido. Ele permaneceu em pé atrás de mim, me abraçando por trás como fazíamos sempre quando estávamos parados em frente a familiares e amigos. Eu pude ouvir a viatura de Charlie virando pela rua, e dei pulinhos de ansiedade. Edward me abraçou mais firme para me manter parada. Eu podia sentir as vibrações de sua risada. “Ela está saindo do carro”, Edward nos informou. Todos os nossos olhares estavam no portão por onde eles entrariam.

Eu podia ouvir os três conversando enquando faziam seu caminho até a calçada.

“Onde está todo mundo?”, perguntou Renesmee. Nenhum dos dois respondeu, e neste momento a mão de Jacob veio para o nosso lado do portão para destrancá-lo. Ele abriu, e meu perfeito bebê de olhos castanhos correu para dentro do quintal. Ela parou de súbito, engasgando enquanto olhava para todos.

“SURPRESA!”, nós todos gritamos ao mesmo tempo. Serpentinas foram lançadas, pessoas sopraram cornetas, assoviaram, vibraram e aplaudiram.


Escrita por: Isabell Clair

http://www.fanfiction.net/s/5114634/1/Forever_Young


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