12 de agosto de 2010

Doce pesadelo

Capitulo XXXI - Tensão.


“A verdade é dura como o diamante e macia como a flor de pessegueiro”
Gandhi


Pietro
Durante o vôo Melanie ficou dormindo, ela se remexia muito talvez estivesse tendo um pesadelo, chegou uma hora que ela começou a falar no começo era uns balbucios sem sentido, mas depois ela chamou uma nome, Elena, apesar de não conhecer ninguém com esse nome, ele me lembrava alguma coisa só não sei o que. Como que por extinto inconsciente eu botei a mão em meu cordão. Um pouco de duvida e perguntas começaram a surgir na minha mente mas logo deixei pra lá, tinha coisas mais importantes pra resolver.
Quando estávamos quase chegando, senti que ela iria acordar e resolvi lhe roubar um beijo, afinal posso ser um vampiro mais sou homem antes disso, e Melanie tinha os lábios mais lindo do mundo.
- Bom dia.- Eu disse.
- Bom dia.- Ela respondeu , olhando a sua volta.- Já estamos chegando?- perguntou.
- Já.- Eu respondi. Ela voltou a se recostar em meu colo, mas a senti meia tensa e muito pensativa.
- O que foi?- Perguntei preocupado.
- Não é nada, são só bobagens.- Mesmo que só bobagens estivessem a incomodando, eu queria saber.
- Bobagens?- Perguntei insistindo.
- Sim, eu estava pensando na Gabi e no Diego.- Ela respondeu, apesar de convincente eu ainda tinha as minhas dúvidas sobre isso, afinal ela costuma mentir para me proteger.
Der repente lembrei do nome que ela falou enquanto estava dormindo, e resolvi perguntar.
- Melanie, quem é Elena?- Ela ficou meio tensa mas depois relaxou.
- Elena?- Perguntou desentendida.
- Sim, Elena, você disse esse nome enquanto estava dormindo, quem é?- Refiz a pergunta.
- Eu disse?- A sua cara era de pura inocência, mas no fundo eu sabia que ela conhecia a tal Elena.- Eu não sei quem é, deve ser um nome qualquer de algum livro que eu li, geralmente eu falo nomes enquanto eu to dormindo.
- Umm.- Disse inconformado, ela e suas manias de mentir, acho que estou a ponto de explodir a qualquer minuto com ela, mas sei que não vou fazer isso. Só queria que ela confiasse em mim, eu nunca faria algo que a prejudicasse, pelo contrário. Talvez se ela se abrisse mais comigo, nós encontraríamos uma solução.
- Pietro, você confia em mim?- Ela me perguntou olhando nos meus olhos. Eu respirei fundo e respondi.
- Confio, só não acho que você confie em mim.- Eu disse de um modo que não a magoasse mas também, queria expor a minha sinceridade. Ela me pareceu triste na hora e isso era o que eu menos queria.
-As vezes, eu sei que eu tenho que mentir mas acredite em mim.- Ela disse olhando nos meus olhos, com uma intensidade e amor, que me fez perceber que não era direito meu duvidar dela.- Não é porque eu não confie em você, não há pessoa em que eu mais confie no mundo, é o homem que eu amo.- Ela botou as mãos no meu rosto e o afagou, senti um arrepio percorrer todo meu corpo.- É porque não é seguro saber.
Suas palavras me fizeram compreender o que ela estava querendo me dizer a respeito de segurança. É por que Aro não podia saber, e mais cedo ou mais tarde eu ia me encontrar com ele.
O avião aterrissou finalmente e nós descemos, quando chegamos no saguão, finalmente eu pude conhecer a usa tia.
- Olá Pietro, finalmente tenho o prazer de te conhecer.- Ela estendeu a mão pra mim com simpatia. E estendi a minha mão com o mesmo entusiasmo que ela.
- O prazer é meu.- Respondi tentando mostrar o mesmo entusiasmo.
- Melhor irmos andando, vocês podem se conhecer melhor em casa.- Disse Melanie nos puxando.
Quando saímos do aeroporto, nossa família inteira estava no estacionamento para nos receber incluindo os primos de Melanie, que por sinal saiu correndo para os receber. Diego foi o primeiro que ela abraçou e depois de uma rodopiada no ar, foi abraçar Gabriela. Anita que estava do meu lado também saiu para abraçar os filhos.
Eu, antes de ir abraçar minha família analisei o rosto e mentes de cada um, todos preocupados e aliviados inclusive Rosalie. Incrível como em menos de uma década já os considero como minha família, Alice, Bella e Rosalie, minhas irmãs. Emmet, Jasper, Edward e até Jacob, meus irmãos. Renesmee minha sobrinha e finalmente Esme e Carlisle, minha mãe e meu pai. Nenhum cargo a menos que estes, nenhum sentimento menor do que estes. São como a família que não me lembro se tive, e que farei parte mesmo não estando com eles. minha baixinha foi a primeira a me abraçar, Nessie era o xodó da casa e sempre a mais amada por todos, inclusive eu.
- Tio, você quer me matar do coração! Eu quase tive um infarto quando eu soube que você tinha ido pra Volterra!- Ela como sempre, tão preocupada com todos, por que seria diferente comigo?
- Eu estou vivo, ou melhor quase, não estou baixinha?- Disse tentando fazer graça.
- Mesmo assim, fiquei muito preocupada.- Ela reafirmou, fomos abraçados até o resto da família, pelo canto do olhos percebi que Melanie ainda estava matando as saudades dos primos. Quando chegamos, tirei meus braços do de Nessie, e veio Alice para me abraçar e em seguida me deu um tapa bem forte no braço, não doeu mais foi incômodo.
- Isso é por você me deixar louca de preocupação sem me dar nenhuma notícia.- Eu ri um pouco da sua falsa raiva, depois ela me abraçou forte de novo.- Não faça mais isso.
- Prometo evitar.- Falei pois isso era provavelmente inevitável.
Abracei todos os meus irmãos e meus pais, com muitas saudades, quando sentimos Melanie e sua família se aproximar, abrimos mais a roda para todos podermos nos falar. Fui logo pro seu lado e a abracei pela cintura.
- Você deve ser a Anita?- Disse Carlisle estendendo a mão.
- Sou sim.- Respondeu Anita no mesmo tom simpático que falara comigo.
- Eu sou Carlisle, e esta é a nossa família.- Ela deu um oi amistoso pra todos.
- Melhor conversarmos em casa, estamos chamando um pouco a atenção.- Disse Bella se referindo as pessoas no estacionamento.
Cada um estava com seu carro aqui então ficamos bem distribuídos. Fui no carro de Alice e Jasper junto com a Melanie. Anita foi com Carlisle e Esme e Diego e Gabriela com Emmet e Rosalie, Bella e Edward foram no Volvo com Nessie e Jake.
Quando chegamos em casa, logo cada um foi ficando tenso a sua maneira. Todos estavam curiosos. Percebi que o motivo da tensão era Curiosidade. Sobre o quê? Ah! Sim, Melanie não explicou o que tinha acontecido em Volterra. Como não tinha perguntado antes? Uma coisa tão essencial e eu me esqueci. Comecei a ficar tenso também, mas não esperamos por muito tempo.
- Acredito que devo a vocês uma explicação do que aconteceu .- Melanie disse olhando nos meus olhos, depois os desviou para olhar os outros. Carlisle que respondeu.
- Dei que deve ser difícil pra você, e se estiver disposta a contar, gostaríamos muito de ouvir.- Todos agora a olhavam, uns com olhar de compaixão. Outros de dúvida, alguns indiferentes, mas o meu com certeza era angustia e preocupação. Melanie tomou fôlego e começou.
- É difícil sim, não vou mentir.- Uma pausa e mais uma tomada de fôlego.- Mas esconder isso, é uma coisa que não posso mais.
Por que esses momentos da vida, são os que mais demoram pra passar?

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