12 de agosto de 2010

Doce pesadelo

Capitulo XXXII - Promeça.


“Eu quero reconciliar a violência no seu coração
Eu quero reconhecer que a sua beleza não é só uma máscara
Eu quero exorcizar os demônios do seu passado
Eu quero satisfazer os desejos secretos do seu coração”


Muse- Undisclosed Desires


- Quando eu estava na escola, no dia em que fui embora, recebi uma mensagem da Gabi dizendo que era pra mim ir pra casa pois o assunto era urgente.- Começou Melanie se lembrando dos fatos.- Quando eu cheguei lá, meu primo e minha tia também estavam. Gabi disse que os Volturi tinham ligado, que havia uma mudança de planos. Acho que todos vocês sabem quais eram os planos originais.- Ela deu um meio sorriso sem humor.- As ordens eram pra eu ir para Volterra, pois Aro queria falar diretamente comigo. A muito contragosto meu, minha tia foi me acompanhando, meus primos também quiseram ir mais eu não deixei, com certeza Aro ia inventar mais uma desculpa para mantê-los lá. Quando cheguei, Aro me disse que não era preciso esperar mais tempo, já que eu faço 18 anos esse ano. Eu disse que queria mais tempo como humana e com a minha família e que ele tinha que cumprir o trato dele. Claro que eu joguei a falsa palavra dele na sua cara, pois ele tinha que manter as aparências para os guardas. Pra resumir a história, continua tudo a mesma coisa. – A sala estava silenciosa, ninguém tinha coragem de falar uma palavra. Melanie estava começando a ficar incomodada com o silencio.

- Acho que já os incomodamos demais.- Disse Anita a Carlisle .- Nós vamos pra nossa casa agora.

- Não incomodam de maneira nenhuma, e se precisarem de nossa ajuda pra qualquer coisa.- Carlisle se demorou mais nas palavras qualquer coisa.- Não exite em nos chamar.- Carlisle disse apertando a mão de Anita.

Olhei para Melanie e fiz um gesto com a cabeça para ela me seguir, fui para fora da casa e parei um pouco distante para que ficássemos a sós, ela veio atrás de mim um pouco depois.
- Quando você faz dezoito anos?- Perguntei uma coisa que não saia da minha mente desde que aquela conversa começou.

- Daqui a três meses.- Ela me respondeu triste.

- Tão pouco.- Eu disse baixo mas ela me ouviu, na minha voz já estava a saudade que ia me fazer.

- Nem me fale.- Sua voz saiu embargada e ma abraçou secando o inicio de suas lágrimas em minha camisa. Não podia acabar assim, tinha que ter algum jeito, se não que sentido teria nos amarmos? Acho que já falei que fazer pergunta retórica é uma idiotice. O amor não tem sentido algum.

- Eu vou pensar em um jeito, podemos ver outras opções..- Comecei a me desesperar e a falar coisas sem sentido. Mas ela logo me cortou.

- Que outras opções?- Seu rosto cético me encarou curioso.

- Eu..- Minha mente já estava desesperada, se agarrando a qualquer brecha que aparecesse.- Eu poderia ir com você.- Disse a encarando para ela ver que eu estava falando sério.

- Você só pode ficar estando doido!- Ela começou a ficar branca.- Nunca que eu iria permitir uma coisa dessas! Ta bebendo é?! Que eu saiba não é da sua natureza fazer isso, ou inventaram uma bebida especial para vampiros agora?!- Ela realmente estava muito brava comigo, podia ver medo e horror em seu rosto.

- Melanie, só me escuta ta bem não se zangue.- Pedi segurando seus ombros e a olhando intensamente, também não gostava da idéia de ir morar com os Volturi, mas se era a única saída que tínhamos, se era a única forma de ficarmos juntos, então eu iria com ela.- Loucura é você ir morar com os Volturi sozinha, se eu for eu posso te proteger e teremos mais tempo pra planejar ir embora, mas não vamos nos separa vamos ficar juntos.- Ela respirou fundo como se estivesse tentando explicar algo a uma criança.

- Eu não quero que você vire um monstro!- Ela disse com uma lágrima, nos olhos me encarando furiosa.- Muito menos por mim..- Ela passou as mãos e meu peito, estávamos muito perto, passei meus braços por seu ombro e encostamos nossas testas. Queria acalmá-la, e dizer que o que eu estava dizendo não era de todo ruim. Era a opção menos pior. Pelo menos pra mim.

- Não virarei um monstro, assim como você também não vai virar.- Sussurrava pra ela, com medo dela se irritar.- Ficaremos juntos, nos protegendo.- Beijei vagarosamente sua testa.- É assim que tem que ser.- Esperei outra reação exagerada, mas não veio. Ela se acalmou, e me abraçou mais apertado.

- Te peço pelo o amor de tudo que é mais sagrado pra você.- Ela se distanciou um pouco para me fitar.- Se você me ama mesmo, vai me prometer que nunca se juntará aos Volturi, nem por mim, nem por ninguém.

- Melanie..- Tentei falar para ela ver meu ponto de vista mas foi em vão, ela botou as mãos ao lado do meu rosto e me olhou, parecia que estava vendo dentro da minha alma. Que eu não tinha.

- Me prometa.- Ela exigiu. Não tinha como eu dizer não a ela. Estava completamente dominado por está mulher, mesmo que ela estivesse só me pedindo eu atenderia.

- Está bem.- Eu disse, me conformando com a minha primeira derrota em uma discussão de relacionamento, mesmo assim achava que poderia convencê-la.. mais tarde. Ela deu um meio sorriso convencida e me dei um Celinho.

- Você precisa caçar.- Ela disse passando a mão pelas minhas olheiras. Fechei os olhos me arrepiando com seu toque. Não tinha me lembrado da cede até que ela mencionou, realmente minha garganta estava ardendo demais, e era muito perigoso pra ela.

- Tem razão, sua família só está esperando você.- Eu disse sorrindo pra ela. Nos beijamos mais uma vez e voltamos pra casa. Assim que chegamos sua família se despediu mais uma vez de nós e foram pra sua casa.

-Eu vou caçar.- Disse sem nenhuma animação.

- Vou com você.- Edward se pronunciou, não me importei afinal estava com saudades de meu irmão. Ela sorriu com meu comentário e pensou o mesmo de mim.

Corremos pela floresta, até acharmos um rebanho de antílopes, e nos saciamos pelo menos com três cada um. Quando acabamos nos recostamos numa árvore, no começo ficamos em silencio, mas depois Edward falou.

-Pelo que eu li na mente da tinha dela, a coisa foi mais barra pesada do que ela disse.- Sabia que Melanie editava seus pensamentos pra mim, mas já que Edward viu, ele me falaria.

- Como assim?- Perguntei.

- Eles a ameaçaram, usando você.- Edward me explicou. Então era por isso que ela não me queria perto dos Volturi. Aqueles desgraçados! Um ódio imenso se apoderou de mim, eu queria matar a primeira coisa que eu visse. Mas senti as mão de Edward em meu ombro que me acalmaram... um pouco.

- Você não pode fazer nada.- Ele disse calmo e aquilo me entristeceu.- Não a faça sofrer mais ainda, a escute e não faça nenhuma besteira.

- Não me peça isso, queria ver se fosse você em meu ligar.- Disse meio áspero.

- Tem razão.- Ele disse.- Mais com esse ódio não vai conseguir pensar direito, e vocês dois podem morrer.

Não estava com nenhum animo de continuar aquela conversa. Mas não podia deixar de ver que Edward tinha razão.

- Vamos embora.- Apenas disse.

- Você que sabe.- Ele me entendeu, sabia que por mais nervoso que eu estivesse, não faria nada que poria Melanie em risco.- Só tome cuidado.

- Sempre tomo.- Aquela sempre eram as palavras que eu e Edward trocávamos quando finalizávamos uma conversa, era até meio cômico. Fomos pra casa em silencio, e eu inutilmente tentando pensar em um jeito de fazer ela ficar.

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