12 de agosto de 2010

Doce pesadelo

Capitulo XV- Anjo.


Todos foram arrumar o que fazer depois daquela conversa e eu estava tentando arrumar um jeito de sair dali mais nunca conseguia ficar sozinho. Já era noite e eu inda estava preocupado com Melanie. Subi pra tentar sair pela janela do meu quarto e quando pensei estar sozinho senti Edward atrás de mim.
- Por favor, você sabe melhor do que ninguém que eu estou ficando maluco.- Eu disse numa tentativa desesperada de sair sem repreensão.
- Não vim te dizer pra ficar e sim que pode ir.- Edward respondeu, essa eu não entendi, quando tentei das outras vezes ele que sempre impedia, mudou assim de repente?
- Não mudei, só que Alice teve uma visão.- Disse ele, que visão?- Demetri já foi, ela viu ele pegando um avião pra Itália.
Me virei pra ir pra janela, “Volto mais tarde” pensei.
- Tome cuidado.- Disse ele.
“Sempre tomo”, em seguida fui pulei a janela e fui correndo pra cidade, não sabia onde era sua casa então ia na escola ver seus registros e pegar seu endereço.
Foi fácil entrar e passei tão rápido que as câmeras de segurança nem captaram meus movimentos, fui na sala da secretaria e procurei nos arquivos recentes por Melanie De Fanti. Achei uma pasta que tinha o seu nome e abri. Vi seu endereço, achei meio estranho pois era um pouco longe. Vi também uma coisa que me chamou atenção, ela era órfã. Fiquei um pouco triste por ela, afinal perder os pais não deve ser fácil. Botei a pasta no lugar e sai da escola o mais rápido possível. A casa dela era grande bem bonita e afastada da cidade- Achei perigoso, podiam muito bem arrombar a casa com facilidade e não ia ter ninguém pra ouvir ou ver.- Subi pelas paredes e procurei pela janela que seria a do seu quarto, afinal já era madrugada e ela deveria estar dormindo. Logo na primeira janela que abri eu a vi. Linda e dormindo em um sono profundo toda coberta, do queixo até os pés.
No mesmo instante que entrei senti um cheiro forte de vampiro. Tinha um na casa eu podia sentir. Logo apareceu na porta uma vampira pronta pra me atacar e eu também fiquei de guarda.
- Que é você?- Perguntou ela num ríspido sussurro. Percebi que ela não queria acordá-la e queria que eu tomasse o mesmo cuidado.
- Meu nome é Pietro, quem é você?- Disse também sussurrando.
- Pietro. - Ela repetiu meu nome como se estivesse lembrando e saiu da sua posição defensiva, eu também fiquei de pé, notei que seus olhos eram dourados então não devia ser perigosa.
- Quem é você?- Repeti minha pergunta.
- Vem vamos lá pra baixo, não quero acordá-la.- Ela se virou e eu a segui, Melanie parecia querer acordar mas só mudou de lado e continuou dormindo. Fomos para um sala grande e bem bonita. As paredes eram bege e o sofá dourado, toda sala era decorada perfeitamente. A mochila dela estava no sofá aberta e os cadernos no chão jogado de um modo relaxado. A sala também estava com o cheiro fraco de outro vampiro.
- O que veio fazer aqui?- Perguntou ela se virando e olhando pra mim, estávamos de lados opostos da sala. Ela tinha a aparência parecida com a da Melanie, cabelos negros e longos enrolados nas pontas, olhos também grandes só que sua boca era mais fina que a da Melanie, vestia um vestido branco debaixo de um sobretudo preto parecia ter acabado de chegar. A única diferença entre elas, é que Melanie não era vampira.
- Eu perguntei primeiro.- Disse, ainda não sabia quem era ela.
- Meu nome é Gabriela, sou prima da Mel.- Respondeu ela.
- Como assim prima?- Perguntei.
-Minha vez.- Ela disse, então ia ficar assim, eu pergunto, ela pergunta.
- Fiquei preocupado, ela fica sozinha, pensei vim ver se ela estava bem.- Respondi, não ia dizer que o Demetri estava na cidade.
- Umm...
- Como assim você é prima dela?- Perguntei.
- Sendo, minha mãe era irmã de sangue da mãe da Mel.- Respondeu ela, mais ainda sim fiquei curioso sobre sua transformação.
- Você é um dos Cullens não?- Afirmou mais que perguntou só queria ter certeza.
- Sim, nos conhece?- Perguntei.
- Já ouvi falar.- Respondeu ela indiferente. Ficamos nos olhando um poço depois resolvi quebra o silencio.
-A quanto tempo é vampira?- Perguntei.
- 12 anos.- Respondeu ela.
- É nova ainda.- Disse.
- E você?- Perguntou ela.
- 50 ou 60, não conto.- Respondi. Ela ficou me olhando por mais um tempo e eu fiquei sondando a mente dela pra ver se descobri alguma coisa, mas era uma bagunça desordenada ela não se focava em nada, ficava difícil saber qualquer coisa, duvido até que Edward conseguisse ler.
- Por que não fazemos o seguinte, pergunta logo o que você quer saber tentarei te ajudar na medida do possível.- Disse ela, ia aproveitar a oportunidade, tinha tanta coisa pra perguntar não sabia por onde começar.
- Como virou vampira?- Resolvi começar com essa.
- Minha mãe transformou a mim e a meu irmão quando tínhamos 16 anos, ficamos muito doentes e ela não queria nos perder.
- Se não for muita intromissão, como sua mãe virou vampira?- Estava curioso sobre o passado da Melanie e ia começar com a família dela.
- Ela estava fazendo trilha com meu pai numa floresta, eu e meu irmão ficamos com a nossa avó por parte de pai, só estavam os dois e um vampiro apareceu e matou meu pai mas achou minha mãe muito bonita e a quis pra ele. Ele a transformou e quando a transformação acabou e ele explicou o que ela havia se tornado, num acesso de irá e raiva minha mãe o matou. Ela ficou um ano desaparecida, pra todos ela estava morta. Nesse um ano ela disse que se encontrou por acaso com um grupo de vampiros vegetarianos que a ensinou as regras e como viver sem matar humanos pois ela queria voltar pra nós. Os vampiros são o clã dos Denalli.Quando ela voltou disse a todos que tinha sido seqüestrada por um maluco que tinha matado meu pai e queria fazer dela sua esposa, ela disse que tinha o matado e fugido. Pode até soar falso agora mas na hora foi muito convincente. Enfim sabíamos que ela estava diferente mas não ligávamos o importante é que ela tinha voltado.
- Sinto muito pelo seu pai.- Era única coisa que eu consegui dizer depois dessa revelação.
- Obrigado.- Disse ela.- Mas alguma coisa?
- Por que não vai a escola junto com ela?- Perguntei, sempre via Melanie sozinha.
- Acabei de chegar.- Respondeu ela, o que pra mim foi a mesma coisa que nada.
- Então, porque ela ficou sozinha esse tempo todo?- Tentei ser mais especifico.
-Por que ela quis.- Ainda sim, nada. Por que ela só me dá respostas evasivas?
- Poderia ser mais clara.- Disse.
- Disse que tentaria te ajudar na medida do possível, posso te dizer fatos relacionadas a mim mas se quiser fazer perguntas sobre a Mel faça diretamente á própria, algumas coisas não cabe a mim explicar.- Respondeu ela querendo acabar com o assunto.
- Desculpe, não quis parecer mal educado.- Disse, ela tinha me pegado de surpresa com aquela reposta.
- Não foi nada.- Ela disse com sinceridade.
- Onde estão sua Mãe e seu irmão eles não vieram com você?- Perguntei, mesmo depois do fora que ela tinha acabado de me dar eu ainda queria saber mais.
- No Canadá, Eu vim de surpresa.- Respondeu ela.
- E vai ficar?- Queria saber se Melanie iria continuar sozinha.
- Por enquanto vou, não quero deixar ela sozinha de novo.- Respondeu se sentindo meio culpada, tentei ler sua mente de novo mas ainda estava uma confusão.- Me diz você tem algum poder?- Ela perguntou, fiquei um pouco surpreso, parecia que queria mudar da assunto.
- Sim, posso sentir a sua mente saber se você está mentindo, sobre o que quer falar, ou o quer fazer, não sei o que é exatamente mais é como se eu tivesse um palpite certeiro. E você?
Ela sorriu mas não respondeu, de repente senti um mão tocando o meu ombro, me virei e tomei um susto, era ela. Virei meu rosto outra vez e a primeira Gabriela ainda estava lá, tinha duas Gabrielas.
- Posso me multiplicar.- Respondeu a segunda Gabriela.
-É como se fosse uma ilusão.- Disse a primeira.
- Mas é muito real.- Disse a segunda.
- Meu clone é igual a mim em todos os sentidos inclusive força e velocidade, e se tocar nela diria que é uma vampira comum e minha irmã gêmea, ela é perfeita.- Realmente o toque da segunda Gabriela foi muito real.
- Nossa..- Foi a única coisa que eu consegui responder.
- Mas eu não crio outra pessoa, ainda sou eu só que em dois lugares diferentes é como se fosse um segundo corpo dividimos a mesma mente.- Disse a segunda.
- Ainda sim eu continuo sendo a verdadeira e ela a cópia, pois se você matar ela, ela apenas desaparece.- Disse a primeira e quando eu olhei pra trás a segunda já não estava mais lá.
- Quantas de você, você pode fazer?-Perguntei intrigado.
- Posso criar um exército sem limites.- Respondeu ela, e eu fiquei mais espantado do que estava antes.
- Mais se matar a verdadeira mata todas, o que você nunca vai consegui fazer é diferenciar a verdadeira da falsa, minhas cópias são perfeitamente iguais. A única que consegue é a Mel por causa do seu escudo.- Disse ela rindo pra si mesma.
- Seu poder é incrível.- Disse impressionado, se Aro a descobrisse ia fazer de tudo pra tê-la, era ao mesmo tempo muito perigoso.
- Obrigada, o seu também é muito útil.- Disse ela.
O dia já estava amanhecendo e Melanie acordando, Gabriela foi correndo pro quarto dela e eu fui atrás, assim que chegamos na porta ela virou e disse.
- Fique ai.- Eu apenas assenti.
- Gabi..- Disse Melanie meio sonolenta.
- Estou aqui.- Disse Gabriela a Confortando e deitando-se ao seu lado.- Volte a dormir ainda é muito cedo.
Gabriela a abraçava com cuidado e estava com o rosto pertinho do seu, as duas viradas pra janela. Parecia uma irmã mais velha protegendo a mais nova que tinha acabado de ter um pesadelo.
- Eu estou com medo. – Disse Melanie quase dormindo de novo.
- Não se preocupe, eu estou aqui e não vou embora.- Melanie voltava a dormir aos poucos e quando parecia que ia apagar disse.
- Obrigada.- Ela tinha dormido de novo.
Gabriela esperou ter certeza de que ela estava dormindo e se levantou e veio até mim deixando a porta do quarto dela entre aberta.
- Sei que deve estar se perguntando milhares de coisas, mas tudo á seu tempo acredito que ela contará quando estiver pronta.
Eu apenas assenti, queria muito saber o que ela estava passando e confortá-la dizer que estava tudo bem e que eu ia protegê-la de tudo.
- Sabe, ela sonha com você.- Disse Gabriela.
Eu levantei minha cabeça fazendo uma cara interrogativa.
- Ela me disse que sonha com você e que no sonho você é um anjo.- Disse Gabriela tentando me animar.
- Obrigado por dizer.- Respondi.
Ficaria ali até ela acordar , já não agüentava mais tanta espera.

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