12 de agosto de 2010

Doce pesadelo

Capitulo XXIII - O Trato.



Aro andava pensativo e com um sorriso de orelha a orelha. O que será que tinha acontecido?
Eu só queria sair dali, porque ele não dizia logo o que queria pra acabarmos logo com isso? Queria gritar com aqueles brutamontes pra soltarem mi8nha tia ela parecia uma prisioneira agarrada pelos dois braços um de cada lado. Aro voltou a falar comigo e meu coração foi na boca.


- Querida você sabe o que somos?- Perguntou Aro calmo, com um olhar doce que qualquer idiota cairia mas eu não era idiota. Não sabia o que responder, mentir ou dizer a verdade? Respondia o que vinha na minha mente, afinal eu era uma criança e estava morrendo de medo.


Acenei com a cabeça com um sim silencioso, estava com o rosto vermelho eu esticava meus braços com força em direção ao chão parecia uma estátua, nada conseguia sair da minha boca.
Aro olhou pra minha tia e foi em sua direção o desespero começou a aumentar eu não sabia o que ele ia fazer.


- Solte a mão dela Felix.- Aro mandou e rapidamente minha tia estava com a mão livre. Novamente Aro perguntou pra minha tia:


- Posso?- Dessa vez ela não respondeu apenas acenou com a cabeça.


Aro ficou um tempo com a mão da minha tia na sua, eu já estava ficando nervosa.


- Pelo visto você tem uma família muito talentosa.- Disse Aro.- Mas infelizmente nenhum humano pode saber de nossa existência.


- Ela não vai contar nada pra ninguém sabe que é segredo. – Minha tia tentava argumentar mas nada contentava Aro.


- Mas ainda sim é humana, e regras são regras não abrimos exceções.- Aro ainda pensava e logo depois falou.- Eu e meus irmãos vamos conferenciar, quero que tudo esteja em ordem quando voltarmos.- Aro se dirigiu a uma sala com Caius e mais um outro vampiro que estava sentado ao seu lado direito. Olhei em volta e só via vampiros, tinha dois que eram muito parecidos dois adolescentes pareciam gêmeos me lembravam Diego e Gabi só que esses eram loiros e tinham olhos vermelhos, eles me encaravam com curiosidade e algo me fez pensar que eles estavam com sede. Vi mais outros vampiros ao nosso redor e todos me lançavam o mesmo olhar não conseguia nem sair do lugar. Voltei a olhar pra minha tia e ela me olhava com pena queria me consolar me abraçar e me dizer que está tudo bem mas infelizmente tinha dois brutamontes a segurando. Ousei dar um paço em sua direção, todos imediatamente mudaram. Senti uma mão gelada segurar me braço, era o vampiro gêmeo da loira eu logo gelei ele me mandou um olhar que me fez querer gritar de medo.


- Acho melhor você ficar aqui.- Disse ele me segurando com força.


- Por favor solte ela.- Disse minha Tia.


- Claro, só fique aqui.- Disse ele me repreendendo e indo pro seu lugar ao lado da loira, eu assenti mas ainda sim queria ir correndo pra minha tia.
Ficamos mais uns minutos naquele silencio e depois Aro e seus irmãos saíram da sala. Aro se dirigiu a mim e ficou me olhando por um tempo.


- Creio que você saiba minha criança que humanos saber sobre a existência de vampiros é contra as regras.- Disse Aro pra mim e eu apenas balancei a cabeça parecia que era só isso que eu sabia fazer.


- Infelizmente mesmo sabendo que você não irá contar nada a ninguém, não podemos abrir exceções.- Quando Aro disse aquilo eu quase cai dura no chão alguma coisa me dizia “ é agora!”.-Mas você é muito rara pra ser... desperdiçada.- Agora eu já não estava entendendo nada, por que eu era rara? Cara da minha tia mudou ela começou a ficar com um pouco de raiva.- Saiba, o meu deus que indelicadeza da minha parte, estamos conversando a horas e nem mesmo sei seu nome, criança me diga para que nos tratemos como velhos amigos.- A cada minuto que passava eu ficava mais enojada com aquela cena, mas fazer o que eu tinha que responder.


- Melanie.- Respondi mas minha voz quase não saiu. Hoje sei que Aro já sabia meu nome pelo fato de ter lido a mente da minha tia e só queria tornar a conversa mais amigável.


- Saiba pequena Melanie que humanos como você são muito raros de encontrar, e em toda minha existência só via apenas uma como você, infelizmente ela não pode se juntar a nós e é um dos meu maiores desejos possuir vampiros com um dom incrível como o seu.- Minha Tia já estava ficando irada, ela tentava se soltar de todas as maneiras e começou a gritar coisas do tipo “ Pare ela é só uma criança!!” Não me lembro direito tinha mas rosnados que tudo meus olhos se encheram d’água quando Felix começou a bater nela e mais que imediatamente eu comecei a gritar.


- NÃO!! PARA!!- Eu já ia correr pra “tentar” salvar a minha tia mas Aro segurou meu braço. Logo lembrei que ele queria um vampiro como eu então sem pensar duas vezes disse:- Eu aceito fazer qualquer coisa que o senhor quiser mas por favor manda ele parar!- Eu literalmente estava de joelhos chorando pra que ele fizesse alguma coisa. Aro simplesmente levantou a mão e no mesmo instante Felix parou minha tia estava quase inconsciente no chão, olhei pra Aro com um olhar implorador pedindo pra que ele me soltasse e me deixa-se ver minha tia. Entendendo meu olhar ele me soltou fui correndo quase tropeçando pro seu lado.


- Tia, tia.- Eu a abraçava e beijava sua testa, fazia carinho em seu rosto, minhas lágrimas ainda desciam feito cachoeira.


- Não precisa fazer nada.- Ela me dizia recuperando a consciência.


- Vai ficar tudo bem eu prometo.- Dessa vez eu bancava o papel de tia e ela o de sobrinha, eu a protegeria deles e já estava começando a entender o que Aro queria e pra ver minha tia viva eu faria mais do que isso. Me levantei ergui a cabeça, limpei minha calça e minha blusa e fui em direção a Aro. Parei na sua frente tomei coragem e comecei a falar:


- Sinceramente, não acho o que faço nada de mais- Falava baixo e com maior respeito. – Apenas nasci assim, mas se o senhor me quer tanto, prometo em nome da vida da minha tia, dos meus primos e da minha vir a Volterra quando completar 18 anos me tornar vampira e me juntar a vocês, em troca eu peço que nos solte e nos deixe vivos por favor.- Aro olhou pra mim pensativo na minha proposta, botou a mão no queixo e me encarou.


- Você é muito esperta para uma menina de 12 anos, me diga por que só com 18?- Perguntou ele duvidoso.


- Pelo menos já que vou ter que me tornar vampira, já quero ser adulta, não quero passar a eternidade como uma criança.- Disse ainda olhando pra ele, ainda estava morrendo de medo mas era nossa vida que estava em jogo e eu tinha que ser muito cuidadosa.


- Proposta bem interessante, aceitamos.-fiquei um pouco aliviada, mas sabia que tudo ia mudar e que a minha escolha traria graves conseqüências pra mim, mas se eu pudesse voltar no tempo não mudaria minha decisão e sim a viajem a Itália.- Mas saiba Melanie que temos meio de achar sua tia e seus primos, e você deu a sua palavra, espero que cumpra.- Entendi a ameaça de Aro eu estava determinada e não ia voltar atrás. Assenti com a cabeça e disse:


- Não vou voltar atrás você tem a minha palavra.- Disse com um peso no coração. Olhei pra trás e minha tia me olhava com um ar de culpa e se ela pudesse chorar ela choraria.


- Demetri, Felix levem nossas queridas visitantes a saída.- Eles começaram a nos levar até a grande porta do salão oval, quando estávamos passando por ela Aro gritou:- Nos veremos em breve querida boa viajem!-Juro que me segurei pra não gritar um cala boca ou um idiota ali mesmo.


Quando acordei o avião estava se preparando pra pousar, pelo visto acabei adormecendo. Suspirei pesadamente e minha tia segurou minha mão.


- Eu amo você.- Disse ela.


- Também te amo.- Ficamos de mãos dadas até a descida. Ia ser um dia longo.

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