4 de março de 2011

Love of childhood

Capítulo 17


Sarah

Frederico parou próximo a nós e vi seu sorriso asqueroso através do sangue seco no meu rosto.

- Bon giorno. – Eu sabia o que viria a seguir. Dessa vez eles foram pra cima do tio Gui, eles o espancaram muito, tanto que ele quase perdeu a consciência, algo pouco provável para um vampiro. Quando tio Gui já estava com vários ossos quebrados, eles vieram pra cima de mim.

- Por que voocês est-ão fazendo... Isso? – Perguntei, tossindo e cuspindo sangue.

- Por quê? Por que odiamos vampiros fracos. – Frederico respondeu voltando a nos bater. Não demorou e não senti mais nada.

- Sarah, Sarah... Sarah...

- ...Sarah por favor responde... Sarah. – A voz do tio Gui vinha de longe, abri meus olhos e uma cortina de sangue me impedia de ver, limpei meus olhos com as costas da minha mão. Isso não ajudou muito, mas me permitiu ver que minha visão estava borrada com uma névoa. Tentei mexer e vi que eles haviam quebrado meus ossos novamente. – Sarah.

- Estou ok. – Sentei-me respirando com dificuldade. Tornei a limpar meus olhos e eu consegui ver o tio Gui, ele estava amarrado e seu braço e sua perna ainda estavam fora do lugar. – Oh meu Deus, como você está? – Levantei, fui até ele e só então percebi. – Eles não me amarraram. Me aproximei do Gui e tentei soltar a corrente, mas foi impossível. – Isso vai doer um pouco. – Falei enquanto encaixava seu ombro no lugar, o tio Gui gemeu, mas aguentou firme, fiz o mesmo com a sua perna.

- Sarah. – Ele falou e eu olhei para ele. – Está acontecendo alguma coisa, eu não sei o que é. Mas eles não te amarraram e o vampiro que estava nos vigiando não está mais. – Olhei para a porta e vi que ele realmente não estava.

- Isso significa... – Antes que eu terminasse ele estava afirmando com a cabeça.

- Segure-se em mim... Eu não sei o quanto eu vou conseguir nos teletransportar.

- Eu te ajudo.

- Não, você esta fraca.

- Agora não tio Gui, nós precisamos sair daqui, e eu posso te ajudar, não tente me proteger.

- Okay. Vamos nessa.





Mônica



- Fica calmo. – Falei com o Ariel, ele andava de um lado para o outro, impaciente demais pra ficar parado.

- Algo muito ruim está acontecendo.

- Eu sei.

- Não. Ela está sofrendo muito, eu sinto uma dor muito grande. – Eu sabia que o imprinting tinha essas coisas, mas era estranho vê-lo falar assim.

- Vai dar tudo certo.

- Estamos indo. – Zê falou se aproximando, ele passou os braços pela minha cintura. – Nós vamos trazê-los de volta.

- Vamos sim. – Concordei.

Durante o percurso até onde Zê disse que eles estavam todos correram em silêncio, os rostos concentrados e determinados. Jazz fez várias camadas, a primeira com os combatentes mais fortes, entre eles Emmett, Edward, Carlisle e Jazz, sem contar alguns lobos, entre eles o Jake. Na segunda linha os dons mais importantes, a Bella, o Ariel, o papai, a Renata, a tia Jane entre outros. Entramos em uma floresta densa que rodeava toda Florença e logo um cheiro forte, mais doce que o normal de um vampiro nos atingiu.

- O que... – Antes que o Luiz perguntasse apareceram mais de cinquenta vampiros na nossa frente. Eles eram diferentes, todos eles tinham mais de dois metros de altura, seus músculos eram bombados, seus olhos violeta, mas o que mais destacava eram seus dentes, eles tinham presas como os vampiros dos livros de historinhas.

- Que merda é essa? – Emmett perguntou. Pude ver que tanto o Edward quanto o Ariel se concentraram e ambos rosnaram ao mesmo tempo.

- O que? – Carlisle perguntou. Ariel se virou e falou baixo e rápido.

- Eles criaram uma nova raça de vampiros. Eles combinaram o DNA de vampiro com o DNA de lobos normais e injetaram em embriões, que se transformaram nessa nova raça.

- Deus. – Esme falou.

- Eles desenvolveram sua força, agilidade, velocidade, e seus dons e também ganharam presas como os lobos. – Ariel concluiu.

- Finalmente. – Disse um dos vampiros, vindo à frente. – Meu nome é Frederico e não via a hora de encontrá-los. – Sem nenhum aviso os vampiros avançaram, dois deles foram pra cima do Emmett e mais dois pra cima do Jake que já estava na forma de lobo. Edward e Jazz foram ajudá-los e quando eu dei meu primeiro passo senti uma mão em meu ombro.

- Vamos achá-los. – Ariel falou, ao seu lado já estavam a Zê, a Mabel, o Luiz, o Nando, a Jaque e o Rafael. Afirmei com a cabeça e começamos a correr. Não tínhamos corrido três quilômetros e três vampiros King apareceram na nossa frente. Ariel pulou e começou a lutar com um, e nós nos dividimos e enfrentamos os outros dois. Nenhum de nossos golpes fazia efeito neles e então eu senti como se meu corpo estivesse pegando fogo.

- Droga. – Ouvi alguém xingar e logo depois ouvi o som do vampiro sendo rasgado, quando olhei Ariel tinha o rasgado em pedaço. Os outros se juntaram e conseguiram eliminar os outros dois vampiros, em um esforço em conjunto.

Adentramos cada vez mais no meio da floresta e então vimos um portão camuflado.

- Ali. – Zê apontou pra uma porta. Quando abrimos demos de cara com um corredor, todo azulejado com azulejos brancos. O corredor principal acabou e tínhamos três opções.

- É melhor nos separarmos. – Ariel falou e todos nós concordamos. Ficamos Ariel, Zê e eu. Corremos abrindo todas as portas que víamos. Viramos vários corredores, parecia mais um labirinto.

Isso dói? – Ouvimos alguém perguntar, corremos mais rápido até chegar ao lugar de onde a voz vinha.

          



Sarah

Como nós dois estávamos fracos não fomos muito longe, quando tudo voltou ao normal estávamos em um corredor grande todo branco. Respirei fundo sentindo meus ossos sendo consertados.

- Vamos ter que correr. – Tio Gui falou, ele estava fraco por ter usado seu dom.

- Okay. Vamos nessa. – Corremos um se apoiando no outro, na verdade o tio Gui estava levando boa parte do meu peso, já que eu estava com a perna requebrada.

- Por aqui. – Gui falou e viramos à direita no fim do corredor, dando de cara com dois vampiros, o que estava no nosso quarto todo esse tempo e outro tão grande quanto o primeiro.

- Olha o que temos aqui.

- Droga. – Gui falou e o vampiro gargalhou, deixando a mostra presas como de lobos. Gui deu um passo na direção deles e ele bloqueou o caminho.

- Não tão rápido. – Como se o tio Gui fosse mero humano ele o chutou, quebrando sua perna. Dei um grito pulando na frente do tio Gui. Os dois vampiros riram ainda mais e vieram pra cima do tio Gui e de mim. Nem todas as aulas do tio Jazz e do tio Emm, nem todo o treinamento com os Volturi, nada me ajudou. Eu ouvia o som dos ossos do tio Gui sendo quebrados. Percebi que os olhos violetas do vampiro que estava nos vigiando ficavam brancos.

  - Isso dói? – Ele perguntou ao tio Gui enquanto quebrava sua perna em mais de um lugar, com certeza logo se recuperaria, mas era terrível ter que ficar os vendo fazerem isso.

- Parem. – Implorei.

- O que beleza, está querendo também? – Ele deu um soco na minha cabeça e eu senti o sangue escorrer pelo meu olho. O outro soco foi na minha costela quebrando várias de uma vez. Quando eu me preparei para o outro ataque ouvi um som como o de duas montanhas se colidindo e quando olhei vi que o Ariel o tinha prensado na parede.

- Idiota. – O vampiro rosnou o jogando longe. Ariel nem chegou a cair, voltando logo em seguida pra outro combate com o vampiro. O dom do vampiro não parecia afetar Ariel, e ele parecia estar cego, como se não visse ninguém a não ser o seu oponente.

- Vocês estão bem? – Mônica perguntou vindo até onde o tio Gui e eu estávamos, a Zê estava logo atrás. Eu sabia que os meus ossos logo se colariam de novo e a única coisa que eu temia era pela vida do Ariel. O outro vampiro ameaçou ir para a luta, mas o tio Gui o parou, e com a ajuda da Mônica e da Zê ele o destruiu.

Ariel tinha um corte sobre a sobrancelha, e mancava um pouco quando apoiava o pé direito, mas ele tinha conseguido afetar o vampiro. Os dois se rodeavam esperando a melhor oportunidade para atacar e em um momento falho Ariel ultrapassou a defesa do vampiro e arrancou sua cabeça fora.

- Você esta bem? – Ariel perguntou me abraçando, senti lágrimas quentes tocarem meu ombro e Ariel deu um beijo no alto da minha cabeça. – Tio Gui?

- Estou bem... Vamos sair daqui.

- Vamos sim, os outros precisam de nós.

Quando chegamos onde nossa família e nossos amigos estavam lutando contra os King, vários de nossos aliados haviam sido vencidos, por sorte nenhum amigo mais chegado, porém isso não alivia a culpa. De um momento para o outro Ariel começou a rosnar.

- Segura ele. – Vô Edward pediu, mas já era tarde demais. Ariel avançou pro coração do exercito King, no meio de todos os vampiros bombados, indo em direção ao Frederico. Todo o corpo do Ariel brilhava como o sol e ele rosnava cada vez mais alto. - Se protejam. – Vô Edward gritou e todos nós nos protegemos e no instante seguinte ouvi uma grande explosão dourada.

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