12 de agosto de 2010

Doce pesadelo

Capitulo 1


Remorso


Não vou agüentar continuar vivendo desse jeito. Vejo todos eles na minha frente como se fossem reais. Pessoas que matei á 20, 30 anos... Ainda me lembro de cada uma delas. Penso no medo que causei e na dor de suas famílias. Eu não deveria sentir culpa droga! Eu sou um vampiro e fui feito pra isso! Tentei mais de mil vezes colocar isso na minha cabeça, mas o mesmo remorso me coroe por dentro. Há uma saída pra isso? Como posso viver de outro jeito? Simplesmente não agüento mais. Acho que se não fosse o meu poder de sentir mentes, não ler mas sentir- é como se eu soubesse se a pessoa está com medo ou desconfiada ou insegura, não sei as palavras exatas mais é como se eu tivesse como um palpite certeiro do que a pessoa está pensando- Eu com certeza não estaria assim.
Há mais de uma semana que não caço. Isso é porque eu evito. Dá ultima vez fiquei quase um mês sem beber sangue, mas dessa vez não dá pra agüentar porque estou em um lugar com muita gente e o cheiro doce do sangue dessas pessoas estão me atraindo e me tentando cada vez mais e se eu não me alimentar logo, vou acabar atacando alguém no meio da multidão.
É carnaval em Veneza e muitas pessoas vão para as ruas e se vestem como na época da renascença, usam máscaras, perucas, vestidos de bailes e toda baboseira que puder imaginar. Estou em um beco escuro esperando que algum humano bêbado entre pra mim acabar logo com isso. Espero que seja alguém que eu não me arrependa de matar.
Uma mulher muito linda, loira de olhos azuis e corpo esbelto que parece uma versão bem bêbada de Maria Antonieta entra no beco, quase que aos tropeços.
-Olá. – Digo com certo charme na voz.
-Olá. – Ela responde com entusiasmo.- O que está fazendo em um beco escuro, alguém pode te atacar.- Disse ela rindo e soluçando.
-Que irônico, eu ia te dizer a mesma coisa, à propósito, meu nome é Pietro.- Disse, queria que pelo menos ela não morresse com medo.
-O meu é Diana. – Disse ela sorrindo, sentia-se feliz mas com um pouco de medo. Com certeza não faz a mínima idéia do que vai acontecer.
- Então Diana,- cheguei mais perto e a abracei da forma mais delicada pela cintura- Me desculpe – e realmente me sentia culpado, mais não tinha outra alternativa, não que eu conheça ou me lembre- Prometo que vai ser bem rápido.
Ela não entendeu o que eu disse. Não teve tempo, no mesmo segundo eu já estava sugando seu sangue e sentia ela se debater contra o meu corpo, um ato de defesa inútil, logo se cansou e se deixou levar,seu coração parou de bater. Ela se fora.

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