17 de julho de 2010

Lua Vermelha.

Capitulo 7

Quem pode descrever o amor?
Ele é um sentimento que vem crescendo lentamente
 dentro da gente chegando sem avisar.
E quando voce percebe, ele vira eterno.



Volta

Narraçao Jacob

Receber a noticia de que meu pai estava doente, internado no hospital caiu como uma tempestade sobre nossas cabeças.
Carlisle tentava nos tranquilizar a todo momento dizendo que estava cuidando de Billy.
Todos estavam arrasados com o que estava acontecendo, mais o que mais me preocupava era como Isabell estava reagindo, ela nao estava triste como todos os outros, ela agia como se ela fosse a culpada por aquilo tudo esta acontecendo, seus olhos eram de uma tristeza sem tamanho, eu nao conseguia nem olhar direito pra ela.
-Nessie, eu estou preocupado com Isabell - falei.
Jasper e Emmet tinham ido caçar, Edward, Bella que estavam conversando com Alice, vieram se juntar a nós quando eu falei de Isabell.
-Eu sei, também estou preocupada com ela, nao sei mais o que fazer, eu pergunto a ela o que esta acontecendo, mais ela nao diz - respondeu Nessie.
-É Preciso ter paciencia, nao esta sendo nada facil pra ela encarar tanta coisa - disse Bella.
-Eu também concordo - falou Alice.
-Do que voces estao falando? - perguntei.
Nessie estava tao confusa quanto eu.
-Jacob posso falar com voce? - perguntou Edward.
-Claro, claro - falei.
Edward fez um sinal com a mao pedindo pra que eu o seguisse, nós andamos um pouco ate que ninguem pudesse nos ouvir.
-Edward, voce sabe o que esta acontecendo com minha filha? - perguntei preocupado.
Ele assentiu.
-Me surpreende o fato de que voce nao tenha adivinhado - disse ele.
"Adivinhado o que?" pensei
-Ela esta apaixonada Jacob - ele começou a falar.
-Como assim? Ela tem apenas seis anos - falei, nao estava acreditando naquilo que ele tinha acabado de dizer.
-E quanto anos voce acha que Renesmee tinha quando descobriu que te amava? Cai na real Jacob.
-Edward, ela é uma criança, ela...
-Nao Jacob - ele me interrompeu - ela nao é mais uma criança ha muito tempo, ela pensa e agi como uma mulher, ou melhor uma adolescente de 17 anos, só que voce nao percebeu isso ainda - murmurou.
Ele tinha razao, ela nao era mais uma criança e eu sabia que um dia ela iria se apaixonar por alguem, só nao sabia que ia ser tao cedo.
-Eu também nao imaginava que Renesmee se apaixonaria tao cedo por voce, mais eu tive que me acostumar com a ideia, e hoje nós somos amigos.
-Entao foi por isso que ela quis ir embora de Forks? - perguntei.
-Sim.
-Porque? Se ela estava...
-Ela ficou com medo - ele me interrompeu de novo - ela ficou com medo de ter o imprinting por alguem, ela nao queria magoa-lo, ela pensou que indo embora, conseguiria esquece-lo, mais nao adiantou nada. - ele disse.
"E agora ela esta sofrendo" pensei.
Ele assentiu.
-O que eles sentem um pelo outro Jacob, é tao forte quanto o que sinto pela Bella, ou o que voce sente pela Nessie, nao fique chateado com ela, ela nao tem culpa.
-Quem é ele? - eu quis saber
-Voce o conhece, o nome dele é Symon.
Eu estremeci ao ouvir aquele nome, eu nao gostava dele, ele era irresponsavel, fugia todas as noites...
-Edward ele...
-Ele mudou Jacob, acredite em mim.
-Mais...
-Ele a ama de verdade.
-Ele sabe que nós voltamos pra Forks? - perguntei.
-Sim, eu conversei com ele mais cedo no hospital. - respondeu.
-E porque ele nao veio falar comigo?
-Ele queria noticias de Billy, eram ordens de Seth.
-E... Isabell ja viu ele? - murmurei.
-Nao ainda.
-Edward, desde quando voce sabe disse tudo? e porque nao me contou?
-Fiquei sabendo disso a pouco tempo, mais eu ja suspeitava - disse ele.
Eu respirei fundo e assenti.
Nós voltamos pra casa e aquela conversa ainda estava rodeando em minha mente, era dificil de acreditar em tudo que ele havia dito, mais eu ia ter que me acostumar.

Narraçao Original Isabell

Eu queria sair correndo dali, para um lugar que ninguem pudesse me encontrar. A dor que eu estava sentindo tomava conta de todo meu ser.
Voltei pra sala de espera com Carlisle ao meu lado, meus pais e Edward me olharam confusos. Antes que Carlisle pudesse falar o que tinha acontecido, Edward me olhou com uma expressao triste  no rosto e veio me abraçar.
-Carlisle o que aconteceu com ela? - perguntou meu pai preocupado.
-Jacob, Nessie... Billy não resistiu – disse Carlisle.
Meu pai desabou na cadeira com as maos no rosto não acreditando no que tinha acabado de ouvir.
Minha mae o abraçou e tentou reconforta-lo.
-Carlisle, avise aos outros, diga a eles que não venham agora – disse Edward.
Olhei pra Carlisle e vi ele saindo da sala.
Eu me soltei do abraço de Edward e fui falar com meu pai, ele me olhava de um jeito triste, como se aquilo tudo fosse culpa dele.
-Vai ficar tudo bem – disse ele – eu prometo – ele tentava me tranquilizar.
-Eu vou sentir muita saudade dele – falei entre as lagrimas que escorriam por meu rosto sem parar.
Ele me soltou de seu abraço e olhou pra minha mae.
-Nessie ligue para as minhas irmãs por favor – pediu ele.
Ela pegou o telefone e saiu da sala.
Uns minutos depois, Seth chegou acompanhado dos outros Quileutes, Embry, Quil, Leah, Sam e Emily, Paul estava com Rachel, eles tinham se mudado de La Push há um ano atras e falaram que não iam poder estar aqui, quando Billy fosse enterrado, mais Rachel estava muito triste ao telefone, ela disse que ligaria pra Rebeca e daria a noticia a ela.
Todos eles nos comprimentaram, dizendo que sentiam muito pelo que tinha acontecido.
Carlisle e Edward cuidaram de todos os detalhes do funeral que seria naquele mesmo dia.
Leah e minha mae acharam melhor que eu voltasse pra casa, elas falaram que eu não merecia ficar ali naquele ambiente triste, mais eu não me importava nem um pouco.
Nós voltamos pra casa, Leah voltou junto com a gente, quando eu entrei em casa fui direto para o meu quarto, eu não queria ver a cara de ninguem, minha mae e Leah me seguiram.
Elas tentavam me acalmar, mais todo o esforço que elas faziam, era em vão.
Ninguem conseguiria fazer tudo aquilo que eu estava sentindo parar.
Encostei minha cabeça no travesseiro e deixei que a dor tomasse conta de mim enquanto elas conversavam.


(...)



Eu não tinha percebido que tinha adormecido ate que minha mae veio me chamar.
Esse tempo que eu passei dormindo foi como se eu tivesse ficado acordada trancada num quarto escuro que não conseguia sair, foi uma sensassão muito estranha.
-Que horas tem? - perguntei meio grogue ainda me despertando do sono.
-Sao quase onze da manha, os outros estao esperando a gente la embaixo para o funeral, mais se voce não quiser ir todos vao entender... - disse minha mae.
-Nao, eu quero ir – falei.
-Tudo bem entao, nós estamos te esperando no carro.
-Ta bom, eu não vou demorar – murmurei levantando da cama.
Peguei uma roupa em meu armario e fui indo para o banheiro tomar banho.
-Como esta se sentindo? - perguntou minha mae.
-Estou bem – menti.
-Eu sei que é dificil, mais vai passar, nós sempre vamos estar juntos, não importa o que aconteça – falou ela.
-Obrigada mae – disse tentando sorrir.
Ela saiu do quarto me dando privacidade.
Eu me arrumei rapidamente, desci as escadas e fui direto pra garagem onde estavam todos.
Nós chegamos ao cemiterio e eu vi que todos estavam la, membros do conselho, amigos de Billy, os garotos da matilha..., todos vieram falar comigo, com meu pai e com minha mae, mais eu senti falta de uma pessoa em especial.
Olhei ao redor pra ver se ele estava ali...
Meus olhos encontaram os dele de repente e meu coraçao disparou feito louco em meu peito.
Depois de todo aquele tempo tentando não pensar nele, tentando não lembrar do tempo em que passamos juntos...
A quem eu estava querendo enganar?
Por mais eu tentasse aniquilar dentro de mim um sentimento que estava mais vivo do que nunca, eu não ia conseguir esquece-lo.
Por que eu o amava muito.
Os olhares tristes de todas aquelas pessoas era angustiante.
Eu nao ia conseguir ficar ali por muito mais tempo. Eu me virei e sai correndo para o unico lugar que eu conseguiria me sentir bem em meio ha tanta tristeza.
-Isabell ! - eles gritavam - Volte! - mais eu nao dei ouvidos e continuei correndo ate chegar a praia de La Push.
A chuva caia violentamente , eu estava toda molhada, minhas roupas pesavam em meu corpo, mais nada disse importava.
O som da agua do mar batendo na areia e molhando meus pés que agora estavam descalços era reconfortante.
Eu sabia que uma hora ia ter que encarar a dor que estava sentindo cara a cara, só nao sabia que ia ser tao dificil.
A chuva começava a diminuir virando apenas um chuvisco, um cheiro muito familiar invadiu o lugar em que eu estava, eu me virei pra encara-lo, embora eu ja soubesse quem era.
-Symon? - falei.
Ele me abraçou sem dizer nada.
Eu sabia que ele também estava sofrendo, e nao queria que ele me visse daquele jeito.
Mais também nao tinha forças pra mandar ele embora, eu precisava conversar com alguem, só assim me sentiria melhor.
-Porque  voce saiu sorrendo de la daquele jeito? - perguntou.
-Eu nao sei, nao consegui ficar la - falei.
-Tudo bem - ele suspirou me abraçando mais forte ainda.
Nós nada falamos durante uns minutos, só ficamos ouvindo o barulho da agua do mar, a chuva agora tinha passado completamente.
-Vá embora, eu quero ficar sozinha! - falei me soltando do abraço dele e andando na direçao contraria em que ele estava.
-Eu nao vou te deixar sozinha, nao nesse estado - disse ele me seguindo.
Eu suspirei pesadamente e parei de andar, ele parou também.
-Eu quero falar com voce - murmurou.
-Fale, eu escuto com o ouvido - falei asperamente.
Eu sabia sobre o que ele queria falar e nao estava pronta pra conversar sobre isso naquele momento.
-Qual é seu problema? porque esta me tratando tao mal assim? - ele quis saber.
-Me diz voce, eu disse queria ficar sozinha - murmurei.
-Tudo bem entao, eu vou embora - disse ele se virando pra ir embora.
Eu nao queria que me deixasse ali sozinha como eu havia pedido.
Porque se ele fosse embora, eu ia me entregar a dor que estava sentindo, e nao queria isso, ter ele ali ao meu lado, fazia com que tudo que estava acontecendo ao meu redor fosse apenas sonho ruim.
Porque as coisas eram tao dificeis pra mim?
Senti o chao sair debaixo de meus pés  e parecia que eu estava caindo num abismo sem fim.
-Espere! - pedi.
Ele parou de andar e olhou pra mim.
-Agora voce quer que fique? - perguntou ele, seu tom de voz era um pouco irritado.
Eu assenti.
-Eu... eu... nao me deixe aqui sozinha por favor - pedi entre lagrimas.
Foi o que bastou, ele veio e me tomou em seus braços me envolvendo num abraço forte e aconchegante.
Aquela seria uma tarde longa, mais de alguma forma eu estava me sentindo bem por estar ali nos braços dele, era como se aquele fosse o meu lugar.
Eu permaneci presa em seus braços por um bom tempo ate que eu parasse de chorar e me acalmasse.
-Esta melhor? - perguntou ele se afastando um pouco de mim.
-Um pouco, obrigada - murmurei.
Ele me fitou durante alguns segundos sem dizer nada e eu fiquei um pouco constrangida com aquilo.
-Eu tenho que ir embora - falei.
-Espera, nao quero que va embora - disse ele segurando meu braço.
Meu corpo reagiu ao toque de sua mao quente e eu mudei de ideia na mesma hora, me sentei na areia e ele fez a mesma coisa.
Ele suspirou e ficou calado de novo, aquilo ja estava me irritando.
-Diz alguma coisa - pedi quebrando o silencio.
-O que quer que eu diga? Como eu senti a sua falta? - vociferou ele num tom de voz que eu desconhecia.
Fiquei confusa imediatamente, nao esperava que ele disesse aquilo.
Porque ele estava agindo daquele jeito?
-Nao, eu nao queria que voce falasse isso, só que...
-Tem razao, me desculpe - ele me interrompeu, agora estava um pouco mais calmo.
Uma subta curiosidade me invadiu querendo saber se ele realmente tinha sentido minha falta.
-Mas voce disse a verdade? quer dizer, sentiu mesmo a minha falta ? - perguntei.
Senti meu rosto corar um pouco.
-Quando voce me disse que ia embora - disse ele serio - No começo eu nao acreditei, pensei ate que fosse brincadeira...
-Eu nao... - eu o interrompi.
-Espere, deixe eu terminar - pediu ele - Mas depois... - ele hesitou recomeçando de onde tinha parado - Eu vi voce chorando e precebi que nunca brincaria comigo desse jeito, entao a ficha começou a cair, nao dava pra acreditar mesmo naquilo, voce tinha dito que me amava.
-Mais eu quero saber...
-Sim, eu senti sua falta. Satisfeita? - murmurou ele ficando de pé.
Uma alegria sem tamanho me invadiu, nao era certo eu me sentir assim mais... eu nao podia evitar.
-Symon, eu... - comecei a falar ficando de pé, e ele me interrompeu de novo.
-Eu senti falta do jeito como voce me olhava quando queria dizer alguma coisa,senti falta do seu sorriso, senti falta do toque da sua mao, sua temperatura tao quente quanto a minha que me causava arrepios, senti falta de seu abraço e de quando voce disse "eu te amo" pela primeira vez... - ele agora estava muito proximo a mim, ele acariciava meu rosto suavemente enquanto sua outra mao brincava com uma mecha de meu cabelo - E principalmente - ele sussurrou - senti falta de seus beijos.
Minha respiraçao ficou ofegante quando ele disse aquilo, nossos coraçoes batiam num ritmo totalmente descompassado.
Seus labios agora estavam muito proximos aos meus, eu nao podia beija-lo naquela hora, isso o faria sofrer ainda mais, eu nao tinha esse direito.
Mais será que eu conseguiria resistir?
A resposta era... Nao.
Nossos labios se tocaram e uma onda de felicidade percorreu por todo o meu ser, era incrivel o efeito que ele causava em mim, depois de tanto tempo sem ve-lo, meus sentimentos nao mudaram em nada, e agora mais do que nunca eu o amava.
Seus labios eram desesperados, e os meus reagiam da mesma forma.
-Eu te amo - sussurrou ele quando afastou um pouco seu rosto do meu.
Eu fechei os olhos e sorri ao ouvir o som de sua voz dizendo que me amava.
Naquele momento eu podia dizer que era a pessoa mais feliz do mundo, porque ele estava comigo.
Ele me beijou mais uma vez,e dessa vez nossos labios nao eram mais urgentes e sim apaixonados, ali com ele era onde eu queria estar pra todo sempre.
A tarde tinha sido perfeita, nós conversamos sobre muitas coisas, sobre o tempo em que passamos afastados um do outro e das coisas que nós fizemos nesse periodo.
Confesso ate que fiquei um pouco surpresa quando ele disse que nao tinha feito nada.
-Tudo bem, se voce nao quiser acreditar em mim - disse ele - Mais eu nao fiz nada - ele deu de ombros.
-Sinceramente, nao da pra acreditar mesmo - falei rindo - Voce nao saiu com nenhum amigo? ou alguma outra garota que tenha chamado a sua atençao? - senti um pouco de ciúme quando falei essa ultima parte.
Ele riu.
-Nao sua boba - falou ele ainda rindo.- A unica garota que chamou minha atençao depois de todo esse tempo - ele hesitou e se aproximou um pouco mais de mim - Foi voce - ele disse serio.
Eu corei um pouco, ele resolveu mudar de assunto.
-E voce? Nao fez nada esse tempo todo? - falou brincando com uma mecha de meu cabelo.
-Nada muito especial, eu me matriculei na escola, e também fiz alguns cursos - murmurei.
-Hum... e amigos? - perguntou.
-Nao sou muito boa em fazer amizades, as pessoas me acham muito esquisita.
Ele ergueu as sombrancelhas.
-Eu nao achei voce esquisita quando te conheci, na verdade eu achei que voce era a unica garota normal que apareceu naquela escola.- murmurou.
-Rá Rá! voce é suspeito pra falar.
-Nao sou nao - disse ele.
Ei ri.
-Como esta se sentindo agora? - perguntou ele e eu entendi o que quis dizer.
Eu suspirei.
-Um pouco melhor, vai ser dificil eu me acostumar - falei.
-Eu sei, eu tambem vou sentir falta dele. - ele falou me abraçando.
Começou a chover novamente, ja estava começando a escurecer e minha roupa que estava quase seca, agora ficou toda molhada de novo.
Eu tinha que ir embora, meus pais iam ficar preocupados.
-Droga! voce vai acabar ficando resfriada - disse ele ficando de pé e me levantando junto. -Vem comigo - falou me puxando ainda mais começando a correr.
-Pra onde voce ta me levando? - perguntou.
-Voce já vai descobrir - respondeu.
Eu nao sabia pra onde ele estava me levando, eu só sabia que nao queria que aquele momento acabasse nunca.
Nao demoramos muito pra chegar a uma casa que era um pouco afastada das outras, ela nao era muito grande, mais parecia ser bem aconchegante pra quem olhasse de fora.
-Nao repare a bagunça - ele disse abrindo a porta e entrando na casa comigo.
-Voce mora aqui? Sozinho? - perguntei.
-Sim, mais nao sozinho, minha irmã mora comigo.
-E seus pais? - eu quis saber.
-Minha mae faleceu quando eu era criança, e meu pai se mudou ha um tempo, ele disse que nao aguentava mais viver aqui com tantas lembranças dela - respondeu.
Eu observei o interior da casa prestando mais atençao, a sala era cheia de porta-retratos nas estantes e na mesinha ao lado do sofá mostrando todos os momentos felizes, uma foto em especial chamou minha atençao, era de Symon, ele estava abraçado com uma menina que tinha a mesma pele morena dele, cabelos pretos que iam ate a altura do ombro e olhos claros cor de mel como os dele, ela era muito bonita.
-Quem é ela? - perguntei curiosa.
Ele sorriu levemente.
-Essa é minha irmã - murmurou - Tome isto - ele me passou uma muda de roupas secas e limpas.
-E onde ela esta agora?
-Foi visitar meu pai, só chega na semana que vem.
-Hum... onde eu posso me trocar? - falei.
Eu nao me incomodava nem um pouco em ficar com a roupa molhada, mais eu nao queria fazer desfeita a ele, entao...
-No meu quarto, ele fica na primeira porta no corredor - ele apontou indicando o caminho.
Eu assenti e entrei no quarto dele.
Nao era muito grande, mais era bem arrumado, assim como o resto da casa, percebi que ele nao era o tipo de garoto que fazia bagunça.
Troquei de roupa rapidamente esperando que a irmã dele nao ligasse muito para emprestimos de roupa. Olhei o quarto dele de novo e vi um violão Kashime descançando num pedestal preto.
Será que ele tocava?
Voltei pra sala, quando ele me viu abriu um sorriso lindo que me deixou sem ar, ele abriu os braços pra me receber, eu caminhei ate ele e o abracei fortemente esperando que aquele momento durasse pra sempre.

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